Crítica l Enola Holmes 2 mantém o ritmo e entrega sequência divertida e bem construída

Enola Holmes 2, protagonizado por Millie Bobby Brown, retorna para a adaptação de uma nova história baseada nos livros de Nancy Springer.

A história segue sob a perspectiva da jovem adolescente, que continua sentindo o gostinho de ter solucionado o seu primeiro caso. Porém, agora Enola precisa lidar com as dificuldades de desassociar a sua imagem com a de seu irmão, o lendário detetive Sherlock Holmes, criado por Arthur Conan Doyle e interpretado por Henry Cavil.

Traçando seu próprio caminho como investigadora, os desafios da vida adulta e de ser uma mulher independente no século XIX a deixam a ponto de largar tudo e declarar fracasso – isso até que uma garotinha aparece pedindo ajuda para encontrar a sua irmã desaparecida.

Para consolidar o seu lugar no mundo, Enola Holmes precisa desvendar o seu primeiro caso oficial. Esse jogo investigativo irá trazer grandes conflitos e ainda mais perigos, colocando a jovem detetive em maus lençóis. Mas Enola continua dando tudo de si e mostrando personalidade, sendo fiel a si mesma e sem tentar se encaixar nos moldes da sociedade – ou aos homens que constantemente aparecem lhe oferencendo ajuda.

Conforme a situação se mostra cada vez mais desafiadora, Enola mergulha num mundo novo e perigoso em Londres – de fábricas cinzentas a casas de show vibrantes, até os altos escalões da sociedade e o famoso endereço Baker Street, 221B, propriamente dito.

A aventura é muito instigante e bem construída. Millie continua carregando facilmente o filme nas costas, com seu carisma e talento inigualável, especialmente quando quebra a quarta parede e conversa diretamente com o espectador. Os efeitos visuais traçam os planos da detetive, assim como os figurinos, fotografia e direção de arte ajudam a entregar elementos e discursos machistas da época – tudo para reforçar ainda mais a mensagem empoderadora do longa.

Em certo momento, ainda que dona da própria vida e do seu futuro, a jovem aprende que a vida não pode ser solitária e que se conectar com quem está ao redor não é uma mera distração. E é aí que o longa se torna ainda mais interessante! As conexões entre o caso de Enola e de Sherlock trazem um novo ar para a trama, além de um novo mundo de possibilidades. Assim como as suas interações com lorde Tewkesbury (Louis Partridge) e a mãe Eudoria (Helena Bonham Carter) engrandecem a história. Há ainda uma cena pós-créditos bem especial e imperdível!

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