Pantera Negra
É fato que a Marvel arriscou ao fazer Pantera Negra, pois é um filme bem diferente do que estávamos acostumados. O tom é mais sério, com muito engajamento político e problemas totalmente reais e atuais. Com isso, o longa passa mensagens poderosas sobre cultura, etnia, família, respeito, liderança e identidade. Não é apenas um filme sobre lutas e sobre a necessidade de ter um super-herói para “salvar o dia”, vai muito mais além!
O longa começa exatamente após os acontecimentos de “Capitão América: Guerra Civil”, com T’Challa (Chadwick Boseman) passando por um período difícil em que tem que lidar com a morte do pai ao mesmo tempo em que tem que assumir a sua nova posição como Pantera Negra e Rei de Wakanda, que lhe traz grandes desafios morais e ideológicos.
A princípio, T’Challa tem como inimigo Klaue (Andy Serkis), um gângster e traficante de armas no mercado negro, mas é somente quando Killmonger (Michael B. Jordan) aparece que o verdadeiro conflito começa, pois ele traz não só drama familiar como também questões e decisões importantes que podem trazer consequências extremas para o futuro de Wakanda, o que faz com que T’Challa sofra para se reinventar e conseguir proteger seu povo, mostrando seu valor como rei. As cenas de luta entre os dois são épicas e muito bem coreografadas.
A cidade de Wakanda é extremamente futurista e tecnológica, o cenário é impecável e muito bem construído. É interessante dizer que a irmã de T’Challa, Shuri (Letitia Wright), é a responsável por todo armamento, armadura, transporte etc. Ela é uma personagem muito interessante, doce e engraçada. É muito legal ver o relacionamento entre irmãos e o fato de Shuri não contentar-se em cumprir seu papel só na inteligência tecnológica, mas também botando a mão na massa pra ajudar a salvar Wakanda de todo mal.
Logo, a representatividade neste filme não está só no fato de mostrar lindamente a cultura africana, com cenários, trajes, animais e músicas tipicamente culturais, além de quase todos os personagens do filme serem negros, mas por também dar espaço às diversas mulheres que tomam a frente de tudo e cumprem muito bem os seus papéis com personalidades fortes, destemidas e carismáticas, totalmente maravilhosas mesmo! Além de Shuri, destacam-se Nakia (Lupita Nyong’o), interesse amoroso de T’Challa, e Okoye (Danai Gurira), líder das guerreiras Dora Milaje.
É realmente um dos melhores filmes da Marvel, pois é impactante desde a primeira até a última cena, com narrativa e direção de arte impecáveis. São diversos momentos de arrepiar! Podemos adiantar que há duas cenas pós-crédito e que esse filme não deixa nada a desejar!