Crítica | Em Viúva Negra, Scarlett Johansson se despede da Marvel em grande estilo

Dois anos após a conclusão da Saga do Infinito e da Fase 3 do Universo Cinematográfico da Marvel, o estúdio retorna triunfante às telonas com Viúva Negra, o tão aguardado longa-metragem solo sobre a heroína Natasha Romanoff. Esperado por muitos desde sua primeira aparição, em 2010, em “Homem De Ferro 2”, o filme não desaponta.

Apesar de ser o início de uma nova fase, ainda parece um encerramento para o que a Marvel construiu até aqui. A história, que se passa entre os acontecimentos de “Capitão América: Guerra Civil” e “Vingadores: Guerra Infinita”, explora as questões que sempre pairaram sobre o ar a respeito da personagem, incluindo de onde veio, como e com qual idade foi recrutada para ser uma espiã russa, como foi treinada, como passou a ser uma agente da S.H.I.E.L.D.  e o que aconteceu em Budapeste, como mencionado em “Os Vingadores” por Clint Barton, o Gavião Arqueiro.

A trama começa mostrando uma jovem Natasha, já à serviço, interpretada brilhantemente por Ever Anderson, filha da atriz Milla Jovovich e do diretor Paul W. S. Anderson, no momento de sua vida que ela chegou mais próxima de ter uma família, além dos Vingadores.

Ao som de “Smells Like a Teen Spirit“, em um cover de Think Up Anger com vocais de Malia J, o ar do filme é definido como um rock pesado e sutil ao mesmo tempo, com muita feminilidade, desde os créditos iniciais.

Parceira de tela, Yelena Belova, vivida por Florence Pugh, é outra Viúva em ação que acaba exposta a um gás que a torna insubmissa aos comandos da Sala Vermelha. Enquanto Natasha se esconde mundo afora sendo caçada pelo General Ross, que tem seu papel reprisado por William Hurt, por desrespeitar o Tratado de Sokovia, ela se depara com uma pacote vindo de Budapeste com tubos do gás e uma fotografia sua e de Yelena crianças. Nesse momento, Romanoff decide enfrentar novamente seu passado e retornar à capital da Hungria em busca de sua irmã adotiva e entender o que aquilo significa, mas antes que possa ir muito longe, ela se depara com o vilão Treinador em seu caminho, tentando recuperar o pacote valioso.

As cenas de ação são um dos grandes destaques da produção. As coreografias de lutas da personagem de Scarlett Johansson impressionam desde sua primeira aparição no MCU, e em um filme próprio não poderia ser diferente. Cate Shortland dirige seu primeiro blockbuster com êxito.

O controverso e ideológico personagem de David Harbour, traz o toque de humor que o estúdio sempre entrega em seus projetos. Já a personagem de Rachel Weisz é um dos maiores problemas da história, já que apresenta atitudes contraditórias em determinado ponto da trama, mas nada que atrapalhe gravemente o decorrer do longa.

A despedida de Scarlett Johansson da franquia é em grande estilo enquanto o bastão é claramente passado a Florence Pugh, que já é confirmada em produções futuras do estúdio.

A quem se pergunta se o filme agrega a história geral do universo, vale lembrar que muitos outros, principalmente de personagens solos, não agregaram, e ainda assim Viúva Negra amarra as pontas não esclarecidas sobre a personagem ao longo da última década e a cena pós-créditos dá mais dicas do que está por vir após os eventos de “Vingadores: Ultimato”.

Com uma cena pós-créditos muito importante, o longa estreia nos cinemas brasileiros dia 7 de julho e dia 8 no Disney+, por R$ 69,90 no Premier Access.

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