Crítica l Babilônia homenageia a arte do cinema com trama caótica regada a festas e vícios

Babilônia, nova produção da Paramount Pictures dirigida por Damien Chazelle, chega dia 19 de janeiro para homenagear a grandeza e a magia da indústria do cinema.

Ambientada em Los Angeles na década de 20, a trama retrata bem as modificações da época, especialmente a transição entre os filmes mudos e com sons – tudo isso através da vida caótica de seus personagens principais: Margot Robbie vive a sonhadora, rebelde e aspirante a estrela Nellie LaRoy; enquanto Diego Calva vive o mexicano Manny, que tem como maior sonho trabalhar num set de filmagem; e Brad Pitt, que interpreta o astro Jack Conrad cuja antiga carreira de sucesso está em total decadência. À medida que essas vidas se entrelaçam, grandes mudanças acontecem e acompanhamos um espetáculo cinematográfico repleto de caos, glamour, insanidade, problemas e muito barulho.

Essa história de ambições, luxúria e excessos desmedidos acompanha a ascensão, fama e a queda dos personagens durante uma era de decadência desenfreada e depravação na jovem Hollywood. Reconhecendo, desta forma, os acertos e os problemas da indústria e da sociedade em geral. O fato do cineasta não romantizar a Era acaba acertando em cheio e entregando um universo rico e muito interessante, ainda que tenha tropeços no ritmo da trama.

Festas grandiosas, jazz, sexo e drogas não faltam. Mas o longa brilha quando expõe de fato os bastidores e perrengues dos sets de filmagens, com centenas de figurantes mal pagos e descartáveis, mortes, problemas de equipamento, caos generalizado e dificuldade de adaptação para novas tecnologias.

Babilônia traz boas atuações, diverte e emociona no final, deixando uma bela mensagem sobre a importância da arte e sua imortalidade. O cinema, independente de qualquer coisa, viverá para sempre.

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