Crítica l Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore diverte e mantem acesa a chama de uma das maiores sagas do cinema

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, o novo filme da franquia ambientada no universo de Harry Potter, chega nesta quinta-feira (14) nos cinemas.

Dirigido por David Yates, o longa já começa com tudo mostrando o protagonista Newt Scamander (Eddie Redmayne) sendo interceptado por Credence (Ezra Miller) ao tentar resgatar uma criatura mágica muito rara e poderosa, essencial para o desenvolvimento e resulação da trama principal.

Essa cena de ação frenética logo dá espaço ao encontro entre Dumbledore (Jude Law) e Grindelwald (Mads Mikkelsen, que substitui Johnny Depp após polêmicas judiciais), em que o diretor mais uma vez demonstra sua oposição ao plano de supremacia bruxa, além deixar claro sua paixão pelo rival e o porquê de não poder agir contra ele, já que ambos fizeram um pacto de sangue quando eram mais jovens.

Assim como nos longas anteriores, os efeitos visuais são belíssimos, trazendo ainda mais animais fantásticos para a trama e criando toda uma atmosfera perfeita para o mundo mágico. Além disso, as locações são encantadoras, ainda mais quando revisitam lugares tão importantes para os fãs. A trilha sonora, inclusive, vem como um belo bônus.

O roteiro escrito pela autora JK Rowling em parceria com Steve Kloves abre espaço para expandir a história de novos personagens, com destaque para a magnífica Maria Fernanda Cândido, candidata ao cargo de Chefe Suprema da Confederação Internacional dos Bruxos. Por mais que sua passagem seja rápida, a presença da atriz é muito imponente e de extrema importância para a trama – sem mencionar um baita orgulho para nós brasileiros, que saímos do cinema na espera de que o seu potencial seja aproveitado nos próximos filmes.

O elenco continua com carisma e talento inigualáveis, carregando com maestria a trama que, ainda com erros, não deixa de ser grandiosa e de manter viva a chama de uma das maiores sagas do cinema. Os protagonistas brilham, mas Dan Fogler transita muito bem entre drama e comédia, roubando mais uma vez a cena com sua interpretação de Jacob Kowalski, que desta vez vive o sonho de qualquer trouxa: ganhar uma varinha e um passe para Hogwarts, ao lado dos maiores bruxos da história. Está realmente divertido e imperdível!

Além disso, é importante ressaltar que as novatas Jessica Williams e Victoria Yeates são uma bela adição ao grupo, rendendo boas dinâmicas e participando de momentos chaves da trama, além de trazer escapes divertidos. Richard Coyle, que interpreta Aberforth Dumbledore, ajuda a expandir a verdadeira história (e os segredos) da família Dumbledore, algo que os fãs já pediam há muito tempo.

Em relação a Mads Mikkelsen, sua transição para Grindelwald no terceiro filme da franquia acontece sem muitos obstáculos. Ainda que lhe falte um pouco de crueldade, que Johnny Depp transmitia de forma sutil e sem nem precisar abrir a boca, o ator consegue carregar bem a difícil missão de dar continuidade a esse personagem que tem um legado tão importante no mundo bruxo – algo que está muito longe de terminar, já que os próximos longas prometem o grande embate entre os maiores bruxos que já existiram: Albus Dumbledore e Gellert Grindelwald.

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