Crítica | Resistência agrada pela trama e brilha pelas imagens

Após dirigir o remake de Godzilla, de 2014, e o spin-off de Star Wars, Rogue One, de 2016, Gareth Edwards se consolida como diretor de uma nova leva de blockbusters com o original Resistência.

Estrelado por John David Washington, Gemma Chan e Allison Janney, o filme se passa em um futuro distante, em meio a uma guerra entre a raça humana e as forças da inteligência artificial.

Após um ser robótico explodir uma bomba em Los Angeles, o mundo se fecha para tal tecnologia com exceção da “Nova Ásia”, que abraça e desenvolve a mesma. Joshua é um agente infiltrado, recrutado para caçar e matar o Criador, o desconhecido arquiteto da avançada IA. Ele casa com a filha do mesmo, apesar de sua identidade manter-se desconhecida. Após uma missão sair de seu controle, sua esposa grávida é dada como morta e a missão cancelada. Anos mais tarde, ele é recrutado novamente com novas pistas do paradeiro do Criador e sua filha, que ele julgava morta. No entando o que ele se depara é com uma misteriosa arma criada pelo cientista, com o poder de acabar com a guerra e com a própria humanidade.

Joshua e sua equipe de agentes de elite ultrapassam as linhas inimigas, rumo ao centro do sombrio território ocupado pela IA, mas acabam descobrindo que a arma que devem destruir é uma Inteligência Artificial em forma de criança.

A obra se consolida como um excelente trabalho de ficção científica, drama e guerra, tão bem explorada por sua tecnologia e desenvolvimento de seu ambiente, em um novo mundo inexplorado nas telas e sem obras antecendentes que firmam sua realidade e conceito. O visual é de encher os olhos com excelente trabalho de efeitos especiais e locações. A trama envolve e faz nos questionar sobre o rumo e os perigos dos avanços tecnológicos, apesar de determinar de modo claro sua posição em meio a uma batalha, e que pode até fazer com que nem todos espectadores concordem, mas que se envolvam e se emocionem com a trama.

Parte disso se deve a uma das mais belas surpresas, a jovem atriz Madeleine Yuna Voyles que encanta com a excelente performance como a arma de IA.

A história original só peca no ritmo acelerado para o último ato, que faz parecer que os anteriores se tornem mais longos do que realmente são, mas ainda assim, sem perder a atenção do público.

Resistência estreia amanhã, 28, nos cinemas.

📷 Divulgação, Reprodução / 20th Century Studios Brasil

COMPARTILHAR

1 Review