Crítica l Mundo Estranho surpreende com universo inovador e trama inteligente
Mundo Estranho estreia amanhã, dia 24 de novembro, nos cinemas. O longa é um prato cheio para quem ama animações da Walt Disney Animation Studios. Há muitos cenários incríveis, personagens carismáticos e a história é marcante e inteligente.
O filme dirigido por Don Hall acompanha os Clades, uma lendária família de exploradores que acaba precisando navegar por uma terra inexplorada e traiçoeira, onde vivem criaturas bizarras e há perigos por todo o lado. Eles precisam salvar de uma infestação a plantação mais importante da cidade, que é uma importante fonte de energia à base de plantas – descoberta do patriarca Searcher Clade. Esse feito brilhante mudou o mundo e lhe garantiu uma empresa de colheita de sucesso, mas também lhe traz péssimas lembranças de quando seu pai Jaeger se perdeu durante a expedição e nunca mais retornou.
Para concluir a missão, a família tem a ajuda de uma eclética equipe, incluindo os ajudantes do jovem Ethan Seacher: Splat, um travesso companheiro de aventuras; Legend, um cachorro de três patas; e um monte de criaturas vorazes. O adolescente tem um bom coração, senso de humor, responsabilidade e é o primeiro protagonista abertamente LGBTQIA+ do estúdio. O fato dele não querer seguir os passos do pai como fazendeiro trazem grandes conflitos, ainda que suas diferenças mostrem que eles têm mais em comum do que podem admitir. Esse embate de gerações se estendem para outros personagens, já que a principal mensagem do filme tem a ver com família, sonhos, expectativas e legado.
Há muitas descobertas e surpresas durante a trama, que conta com cenários apaixonantes e um universo único. Além disso, discute temas muito importantes, como a importância do cuidado com o planeta e seus reflexos no futuro. Além de diversidade sexual, traz ainda bastante representatividade com personagens de diferentes etnias. É de fato uma obra divertida e leve, que trata tudo com respeito e positividade. Merece muito ser vista nas telonas.