Crítica l Hora do Massacre se perde com roteiro superficial sobre ativismo ambiental da Geração Z

Com roteiro do italiano Alberto Marini e direção do trio de cineastas canadenses RKSS Film (Yoann-Karl Whissell, Fraçois Simard e Anouk Whissell), Hora do Massacre inicialmente aborda o tema do ativismo ambiental, praticado por um grupo de adolescentes que luta pela causa do desmatamento, que ocasiona inúmeras mudanças climáticas e a morte de centenas de animais.

Movidos por essa causa, eles tentam fazer justiça com suas próprias mãos e invadem uma loja de móveis para protestarem, vandalizando com pichações por toda parte com palavras de protestos, deixando o local numa perfeita desordem e evidenciando a passagem deles por lá.

Mas o que era para ser uma noite de protestos, acaba se tornando uma tremenda luta por sobrevivência quando o grupo é flagrado pelos dois seguranças da loja, Andy (Aidan O’Hare) e Tuly (Turlough Convery), um caçador primitivo nato. A partir daí o ativismo acaba, dando lugar para uma caçada humana e um tremendo massacre, que geram bastante tensão – ainda mais com o jogo de câmeras e trilha sonora.

O grupo de adolescentes em si não tem muita narrativa ou importância, comparado com o caçador e grande vilão da trama. É o conceito de sempre: adolescentes bobos sendo dilacerados por um adulto em um jogo de perseguição sangrenta, num ciclo interminável onde o caos domina. Isso faz a mensagem ativista e política perder relevância, porque não há desenvolvimento algum e sequer narrativa paralela para prender a atenção. É apenas um filme de ação brutal e frenético, com um assassino implacável, pouco desenvolvido e sem motivações.

Tirando a criatividade das armadilhas que o caçador usa para matar os jovens, o filme não entrega nenhuma inovação relacionada ao gênero slasher. Não há divisão de torcida entre a sobrevivência dos jovens e a contínua carnificina do caçador, o que deixa o final previsível. Com atuações medianas, roteiro superficial e nenhuma inovação, Hora do Massacre não entrega o que promete, o que é um verdadeiro desperdício.

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