Crítica l The Prom – A Festa de Formatura emociona além do espetáculo

Inspirado em um musical de sucesso da Broadway, o longa conta a história de Emma Nolan, uma jovem que tem apenas um sonho: ir para a festa de formatura e dançar com sua namorada, Alyssa Greene. Aparentemente, ela é a única lésbica do colégio, já que Alyssa, que é a presidente do conselho estudantil e a típica garota popular, teme pela reação da mãe conservadora e planeja contar na “hora certa”.

Namorando em segredo há mais de um ano, quando chega a formatura, há uma grande confusão na escola e a Associação de Pais, que inclusive é liderada pela mãe de Alyssa, decide impedi-la de ir ao baile, já que são os organizadores e dão a desculpa de que “amigos” não podem ir juntos, apenas casais compostos por homem/mulher. Isso chega nas mãos de duas estrelas decadentes da Broadway: Dee Dee Allen e Barry Glickman. Eles decidem abraçar a causa e vão até Indiana para protestar, instaurando caos na cidade.



Com a ajuda de mais dois artistas, Angie Dickinson e Trent Oliver, eles agem como fadas madrinhas de Emma, lutando e planejando um dia perfeito para ela e sua namorada. Ao contrário do livro, o filme tomou um outro rumo e focou mais no desenvolvimento e na redenção dos atores, que após fracassarem em seu último musical e serem acusados pela mídia de serem narcisistas, querem mostrar bondade para ganhar mais publicidade e reverter o caso.

De forma bem estereotipada e exagerada, eles acabam ofuscando o amor de Emma e Alyssa, que a todo momento ficam deixadas em segundo plano e sequer tem química em cena. Muito disso se deve ao fato do longa ter Jo Ellen Pellman e Ariana DeBose como estreantes e grandes astros como protagonistas: Meryl Streep, James Corden, Nicole Kidman e Andrew Rannels.

Ainda que seja divertido assistir a interação deles com as meninas, especialmente Emma, se você tiver lido o livro não há como não se decepcionar com isso. O ponto alto da trama sempre foi o humor e a força de Emma, que mesmo com todo preconceito e violências, se manteve firme e lutou por seus direitos. Mas, no filme há muitas mudanças e os créditos vão todos ao quarteto. No geral, é uma boa adaptação. As reviravoltas surpreendem e emocionam, dando altas lições de moral sobre religião, amor, respeito, igualdade e aceitação.

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