Crítica l Camila Cabello brilha como Cinderela empoderada, mas trama deixa a desejar
Durante as últimas décadas, diversos clássicos ganharam uma nova releitura. Cinderela, novo Original Amazon Studios que chegou hoje (2/9) no streaming, é protagonizada pela cantora Camila Cabello.
O longa dirigido por Kay Cannon acompanha “Ella”, apelido para Cinderela, uma jovem ambiciosa que tem o sonho de abrir a sua própria loja e ser uma estilista de sucesso. Após a morte de seu pai, ela vive com a madrasta (Idina Menzel) e suas duas filhas (Charlotte Spencer e Maddie Baillio), precisando se desdobrar entre os afazeres de casa e as suas criações, que não têm apoio algum da família.
Logo de imediato vemos o quanto ela é diferente, tem suas próprias ambições e não liga para o que os outros acham, sempre pagando algum mico por aí. Certo dia acaba causando uma cena que gera uma bela impressão no príncipe Robert (Nicholas Galitzine), que no dia seguinte sai disfarçado para reencontrá-la na vila e a vê vendendo vestidos. Ele decide apoiar o sonho dela e combina de encontrá-la no baile, mas é claro que tudo acaba dando errado e Ella precisa da ajuda de sua fada madrinha, vivida pelo ator Billy Porter, para conseguir chegar até o baile.
Com muita magia e belos figurinos, o longa ousa ao adotar uma abordagem cômica para ressignificar o conto de fadas da gata borralheira, que agora é uma jovem empoderada e dona de si, além de debater valores contemporâneos como machismo e empoderamento feminino. Porém, ainda que divirta e tenha um elenco talentoso, a trama deixa a desejar com performances musicais que estão longe de ser memoráveis e que na verdade parecem vir de um episódio de Glee ou até de um filme de sessão da tarde do Disney Channel, embora seja na verdade de uma grande produção cinematográfica.