Crítica | A Casa Sombria surpreende com terror sobrenatural

Depois de uma grande estreia na direção solo de um longa-metragem, em “O Ritual” de 2017, David Bruckner entrega seu segundo filme de terror com maestria. A Casa Sombria é estrelado por Rebecca Hall que vive Beth, uma professora que acabou de perder o marido de forma repentina. Enquanto lida com o luto, ela começa a perceber coisas estranhas na sua casa e encontrar segredos sobre a vida da pessoa que passou mais de 14 anos ao seu lado.

A trama inicia como um romance melancólico, alguns longos minutos de solidão e silêncio, ao mesmo tempo que Beth confronta com suas emoções e sentimentos sobre a perda. Não demora muito para que ela comece a ter sonhos e visões que se misturam, questionando o que é real e o que é criação da sua mente. Focado na casa em que habita, construída pelo parceiro e à beira de um lago, o set compõe um visual clássico para um bom filme de suspense.

Pode parecer batido os temas sobrenaturais, casa assombrada, simbolismos e labirinto de enigmas, mas a produção consegue surpreender e fazer tanto que o espectador segure o fôlego, quanto leve alguns sustos. Além disso, apesar de se tratar de uma trama fantasmagórica, o longa não deixa de abordar temos sérios como luto, depressão, suicídio e sanidade. É um horror que perambula entra o drama e o suspense, desafiando o emocional e o intelectual.

O grande destaque vai para a protagonista, que brilha em sua performance com tamanho desafio. Hall ainda serve como produtora executiva do projeto. As reviravoltas finais não decepcionam, deixando inclusive dúvida se ainda há mais dessa história a ser contada.

A Casa Sombria é distribuído pela Searchlight Picutres e chega aos cinemas nessa quinta-feira, 23 de setembro, com cópias dubladas e legendadas.

📷 Divulgação, Reprodução / Searchlight Pictures, The Walt Disney Studios.

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