Crítica l Dois + Dois discute sobre liberdade e novas possibilidades de amor, mas falta ousadia

Dirigido por Marcelo Saback, o longa Dois+Dois acompanha Diogo (Marcelo Serrado) e Emília (Carol Castro), um casal conservador que vê o casamento esfriar após 16 anos juntos.

Em uma festa, eles descobrem que seus amigos de longa data Ricardo (Marcelo Laham) e Bettina (Roberta Rodrigues) têm um relacionamento aberto e praticam o swing, ou como gostam de dizer, “intercâmbio de casais”. Eles não só contam o quanto isso ajuda a relação como também os convidam para praticar. Receosos, mas ainda assim interessados, Diogo e Emília decidem abandonar a monogamia e conhecer melhor esse estilo de vida liberal, a fim de salvarem a relação.

O casamento vira de cabeça para baixo, os dois passam por uma série de problemas e acontecimentos cômicos enquanto tentam a troca de casais e desafiam o ciúmes em busca do amor. Nessa troca de rotina, a regra é clara: “o amor é um jogo que deve ser jogado a dois”. Mas, é claro que acabam surgindo grandes conflitos, tanto no lado amoroso quanto nesta amizade que ainda envolve negócios, já que Diogo e Ricardos são sócios da cardiologia.

A trama aborda diversos tabus e quebra de padrões, demonstrando a importância da liberdade sexual e principalmente o protagonismo feminino na busca pelo prazer. Mas mesmo tentando se libertar de amarras sociais e com um elenco que está à vontade, em diversos momentos é possível ver que faltou ousadia e que a trama se perde pelos clichês. Ainda assim, diverte e deixa uma bela mensagem sobre a importância de se permitir mudar, estabelecer limites e buscar a sua própria felicidade.

Vale lembrar que o longa, que estreia nos cinemas dia 12 de agosto, é um remake da comédia argentina de mesmo nome, dirigida por Diego Kaplan.

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